terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Lisimáquia



  • Nome Científico:Lysimachia congestiflora
  • Grupo:Forração
Tida por muitos como planta que pode ser cultivada à pleno sol, minha experiência não demostrou isto. Exposta diretamente aos raios solares murcha, perdendo a turgescência de seus ramos foliares. Em contra partida, quando plantada em áreas sombreadas ou com sol filtrado ou, ainda, recebendo os primeiros raios solares do dia, seu comportamento é ideal, permanecendo impecável até o pôr do sol, como a prímula e o cíclame, espécies da mesma família. É uma boa escolha para ser plantada em espaços com declividade, já que seus caules são curvados e compridos. Neste caso podem ser usadas 25 mudas por metro quadrado, dispostas triangularmente para uma melhor e mais rápida compactação e redução de vazios. É igualmente de desenvolvimento generoso quando “forra” vasos e jardineiras, de modo à inclinar-se nas bordas.
Pode ser multiplicada facilmente, através de estacas fincadas diretamente em um solo rico em húmus, permeável, porém pouco arenoso, sem nunca descuidar a umidade constante. Embora de fácil adaptação nas mais variadas regiões do país, recomendo sua plantação no Sul, Sudeste ou Centro-Oeste, onde as temperaturas são mais amenas.

Sinônimos estrangeiros: creeping jenny, persian chocolate, golden globes, (em inglês); lisimaquia, (em espanhol).
Família: Primulaceae.
Características: Forração herbácea, prostrada ou pendente e perene.
Porte: 15 cm de altura.
Fenologia: ano todo.
Cor da flor: Amarela.
Cor da folhagem: verde fosco.
Origem: Sul, Sudoeste e centro da China.
Clima: temperado, subtropical ou tropical de altitude.
Luminosidade: meia sombra.

madressilva-da-china


  • Nome Comum:madressilva, madressilva-da-china, madressilva-dos-jardins, madressilva-do-japão
  • Nome Científico:Lonicera japonica
  • Grupo:Trepadeiras
Quando Carlos Gardel cantava: “... Madreselvas en flor que me vieron nacer y en la vieja pared sorprendieron mi amor...” na minha santa inocência de argentino, um tanto imodesto diga-se de passagem, pelo menos naquelas épocas de juventude, acreditava que a madressilva era tão argentina quanto o próprio tango gardeliano. Quando descobri que era chinesa, confesso que senti uma decepção, talvez o primeiro dos tantos desenganos patrióticos que, naturalmente, acometem a todos os mortais.
Mesmo depois desse equívoco continuei gostando dela, afinal de contas a inocente trepadeira nada tinha a ver com meu ufanismo. Porém, lembro dos pátios portenhos sombreados por ela. Lá é plantada nos pergolados, nas cercas das casas ou cobrindo treliças amparadas por velhos muros coloniais. Seu perfume é inebriante, não somente no sentido poético, mas também real, ao ponto de ser imprudente plantá-la próximo das janelas dos quartos. Por se tratar de uma espécie de crescimento rápido e vigoroso, independente do solo, deve-se tomar cuidado com as plantas que crescem por perto, já que sua expansão é realmente grande, tanto com apoio para subir em alambrados como no chão, onde sem demora cobre grande superfícies, motivo pelo qual em vários países é considerada invasora.
Entretanto seu cultivo deve ser feito onde os invernos são mais rigorosos, aproveitando assim tudo seu esplendor.
Sinônimos estrangeiros: Honey suckle, japanese honeysuckle, (em inglês); madreselva (em espanhol);chèvrefeuille ,(em francês); Geiblatt, (em alemão);caprifoglio, (em italiano); wiciokrzew, (em polonês).
Família: Caprifoliaceae.
Características: trepadeira volúvel, semi-lenhosa e vigorosa. Necessita de amarrilhos para a fixação.
Porte: ramos com até de 10 m de comprimento, formando massa compacta.
Fenologia: primavera e verão.
Cor da flor: branco-amarelada e muito perfumada.
Cor da folhagem: verde.
Origem: Região norte e oriental da China, Japão oriental, Coréia e Taiwan.
Clima: temperado/subtropical. Suporta geadas.
Luminosidade: Pleno sol.

léia-alaranjada


  • Nome Comum:léia, léia-alaranjada
  • Nome Científico:Leea coccinea
  • Grupo:Arbustos
Autor: Raul Cânovas
Com uma aparência similar a Nandina domestica, já que ela é ereta, foi classificada e introduzida na Inglaterra pelo botânico escocês James Lee (1715 - 1795) que a cultivou em Syon House, propriedade do Duque de Northumberland, cujos jardins foram desenhados por Capability Brown. Uma curiosidade é que o filme “Assassinato em Gosford Park” de Robert Altman, teve como cenário principal este palácio e foi vencedor do Oscar, na categoria de melhor roteiro original em 2001.
Mas, voltando à léia, me lembro que há mais ou menos trinta anos era desconhecida e decidi experimentá-la em um projeto a ser implantado em Bauru – SP. O colecionador que a cultivava duvidou que pudesse desenvolver longe das praias quentes do litoral Norte do Estado de Rio de Janeiro. Sem embargo, se aclimatou bem e hoje é comum nos jardins de todo o país.
Tanto ela como a Leea rubra, que se diferencia pelo tom avermelhado das folhas, podem ser usadas formando grupos compactos para criar excelentes barreiras visuais, já que a folhagem forma uma estrutura muito densa e com um brilho que lhe é peculiar.

Sinônimos estrangeiros: Hawaiian holly, burgundy leea, west indian holly(em inglês). 
Família: Vitaceae. 
Características: Arbusto entouceirado e ereto. 
Porte: 2 a 2,80 m de altura. 
Fenologia: Primavera e verão. 
Cor da flor: Vermelha. 
Cor da folhagem: Verde-brilhante. 
Origem: Burma, Camboja. 
Clima: Tropical/ subtropical (não tolera geadas). 
Luminosidade: Sol pleno ou meia-sombra. 

Latânia-vermelha

  • Nome Científico:Latania commersonii
  • Grupo:Palmeiras
Autor: Raul Cânovas
Com suas folhas palmadas e plissadas, que podem alcançar um tamanho de três metros, esta palmeira, cujo palmito não é visível, prefere solos profundos e drenados, sendo tolerante à estiagem porém exigente de regas na estação quente. O transplante é muito delicado, portanto é aconselhável comprá-la de produtores que a cultivam em potes. O crescimento é lento.
No sentido literal é uma espécie notável, e não apenas pela cor das folhas, mas também pelo aspecto escultórico que sua coroa foliar possui. Obviamente não é uma palmeira para formar cercas ou para ficar relegada a um segundo plano, ela deve ser pensada para um lugar de destaque merecendo, inclusive, complementos arquitetônicos como pisos e mobiliário que a complementem.
Sinônimos estrangeiros: latania roja, latania rubra (em espanhol); red latan palm (em inglês); rouge latanier (em francês). 
Família: arecaceae. 
Características: palmeira com um tronco único e acinzentado, que pode medir entre 20 e 25 cm de diâmetro. 
Porte: 10 a 15 m de altura. 
Fenologia: primavera. 
Cor da flor: Amarronzado, brotando entre as folhas e atingindo quase 2 metros de comprimento. 
Cor da folhagem: nas plantas mais jovens as nervuras e os pecíolos são vermelhos com uma camada lanosa esbranquiçada. Mais tarde tornam-se verdes. As mais velhas se inclinam para baixo. 
Origem: Ilhas Mascarenhas: Reunião e Mauricio, ao leste de Madagascar. Nesta última ilha foi extinta, por causa de desmatamentos. 
Clima: prefere regiões litorâneas tropicais, suportando muito bem os ventos salinos. Não tolera geadas. 
Luminosidade: sol pleno ou boa luminosidade.