quarta-feira, 13 de abril de 2016

Gelsémino

  • Nome Comum:Gelsémino, falso-jasmim, jasmim-carolina
  • Nome Científico:Gelsemium sempervirens
  • Grupo:Trepadeiras
Autor: Raul Cânovas
Esta trepadeira, cuja flor é símbolo da Carolina do Sul, Estado localizado no Sudeste dos Estados Unidos, é longamente mencionada na medicina homeopática. No paisagismo, prefiro usá-la em cercas ou portões próximos dos acessos, para aproveitar melhor a fragrância de suas flores que atraem muitas borboletas. Seus ramos de tons avermelhados são finos e fortes, mas não conseguem suportar o peso de suas folhas coriáceas, por esse motivo é indispensável conduzi-la através de guias ou apoios. É interessante podá-la discretamente depois da florada, isto incentiva o florescimento futuro.
Apesar de muito chamativa, ela faz parte de uma longa lista de trepadeiras ignoradas no paisagismo. No nosso país dispomos de mais de uma centena de cipós que podem ser usados nos jardins nas mais diversas situações e, sem embargo, são levadas em conta apenas pouco mais de meia dúzia de espécies, tornando nossa paisagem um tanto monótona, quando poderia ser riquíssima graças à abundância da nossa flora.
Sinônimos estrangeiros: Yellow jessamine, jasmine, carolina jasmine, jessamine, trumpetflower, gelsemium, woodbine (em inglês); falso jazmín, jazmín real, jazmín de Carolina, gelsemio (em espanhol). 
Família: Loganiaceae. 
Características: Trepadeira semi-lenhosa e ramificada. 
Porte: Ramos com cerca de 6 m de comprimento, desde que com ajuda de suportes. 
Fenologia: Verão e outono. 
Cor da flor: Amarelo, às vezes com o centro alaranjado, em cachos e com formato de trombeta. Muito perfumada. 
Cor da folhagem: Verde-escuro e brilhante, podendo adquirir tons cúpreos no inverno. 
Origem: Sul dos Estados Unidos, México e América Central. 
Clima: Temperado/ subtropical 
Luminosidade: Sol pleno. 

Gazânia

  • Nome Científico:Gazania rigens
  • Grupo:Forração
Esta planta de forração foi batizada homenageando Teodoro de Gaza (1400 – 1478) filólogo e professor da Academia de Ferrara, na Itália. Se adapta melhor nas regiões com verões mais amenos e invernos frios, em solos muito bem drenados e arenosos. No litoral de Rio Grande do Sul é uma boa escolha adequando-se aos ventos marítimos onde pode ser empregada na fixação de dunas a exemplo da Austrália, onde se tornou sub espontânea e invasora nas praias do sul desse país. Sua aplicação nos jardins da Ilha da madeira e nos Açores, assim como em toda a costa mediterrânea é bastante habitual. A espécie sul-africana deu origem à inúmeros híbridos com as mais variadas tonalidades de flores que permanecem abertas durante o dia, sempre luzindo folhas longas com um lado cinza-prateado ou totalmente prateadas; entretanto, apesar de perene, deve-se tomar o cuidado de dividir as touceiras, separando as mudas e replantando-as em seguida no mesmo canteiro, que precisa ter seu solo adubado com matéria orgânica e um fertilizante fosfatado. Cultivada em espaços ensolarados e arejados não é atacada por pragas ou doenças; caso contrário pode ser afetada por oídio, ácaros e cochonilhas.

Sinônimos estrangeiros:
 treasure flower, coastal gazania, gazania, (em inglês); gazania, agazania, (em espanhol).
Família: Compositae.
Características: Herbácea perene.
Porte: 10 a 25 cm.
Fenologia: primavera, verão e outono.
Cor da flor: amarelo, alaranjado, róseo ou variegado.
Cor da folhagem: verde-escura na face principal e cinza-prata no reverso ou totalmente acinzentada.
Origem: África do Sul e Moçambique.
Clima: Temperado, subtropical (prefere inverno frios).
Luminosidade: sol pleno.

Jasmim-do-cabo

  • Nome Comum:Gardênia, Jasmim-do-cabo
  • Nome Científico:Gardenia jasminoides
  • Grupo:Arbustos
Com folhas brilhantes, coriáceas (com cutícula espessa), ovaladas, de coloração verde-escura e grandes flores brancas, cerosas e perfumadas. A floração ocorre em meados da primavera e início do verão e com o tempo as flores adquirem uma coloração em tons creme.
O nome gardênia foi atribuído a este gênero em homenagem ao botânico americano Alexander Garden. Existem cerca de 250 espécies conhecidas e elas podem ser cultivadas sem podas de adensamento, apenas de limpeza. Com maior ventilação a gardênia fica menos suscetível a doenças. Pode ser plantada isoladamente ou em grupos, podendo formar cercas-vivas. O ideal é realizar a poda após a floração.
O cultivo deve ser feito em sol pleno, solo fértil, levemente ácido, com boa drenagem, enriquecido com matéria orgânica e regas regulares. Multiplica-se por estaquia de ramos semilenhosos após a floração.
Família: Rubiaceae 
Características: arbusto, cerca viva, flores perenes 
Porte: aproximadamente 2 metros de altura
Fenologia: primavera e verão
Cor da flor: branca
Cor da folhagem: verde-escura
Luminosidade: sol pleno, meia sombra
Clima: Mediterrâneo, Subtropical, tropical, temperado
Ciclo de vida: perene
Origem: Ásia, China

triális

  • Nome Comum:triális, resedá-amarelo, brasileirinha, gusco, quaró, tintureira.
  • Nome Científico:Galphimia brasiliensis.
  • Grupo:Arbustos
Autor: Raul Cânovas
O triális, como é mais conhecido, é um arbusto resistente às condições mais adversas, só não suporta os frios rigorosos, com orvalhos matutinos que se transformam em geadas. De resto podemos considerá-lo como rústico e vigoroso; sua florada se estende desde a primavera até maio ou junho e o amarelo-dourado das pétalas é viçoso, especialmente se contrastado com as flores azuis da bela-emília.
Sinônimo estrangeiros: quaró (em espanhol).
Família: Malpighiaceae.
Características: arbusto rústico.
Porte: 1,60 a 2 m de altura e 1,5 m de diâmetro de copa.
Fenologia: primavera, verão e outono.
Cor da flor: amarela.
Cor da folhagem: verde-médio.
Origem: nordeste da Argentina, sul do Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai.
Clima: tropical/ subtropical (não tolera geadas).
Luminosidade: sol pleno.

Hipericão-rastejante

·         Nome Comum:Hipericão-rastejante, hipérico, rosa-de-Sharon, raio-de-sol, barba-de-arão, erva-de-são-joão
·         Nome Científico:Hypericum calycinum
·         Grupo:Arbustos
Autor: Raul Cânovas
Este arbusto é indicado para cobrir taludes, dando-lhes estabilidade e controlando a erosão do solo, nas regiões serranas do sul do país. Crescendo em terras relativamente pobres, porém bem drenadas, cobre grandes áreas sem necessidade de manutenção, já que não é afetada por pragas ou doenças, apenas precisa de uma boa poda no final dos invernos frios, para estimular os ramos novos que crescerão bem nos verões com altas temperaturas. Quando cultivada em vasos oferece um aspecto pendente muito interessante. Suas flores, com 10 centímetros de diâmetro, douradas com estames de cor alaranjado-intenso, são utilizadas para a obtenção de tinturas, usadas em tingimentos.

Desde o ponto de vista cenográfico recomendo usá-lo, no sul do Brasil, junto à Juniperus horizontalis,Verônica spicataLavandula officinalisCotoneaster horizontalis e Combretum fruticosum. O hipérico, associado com estas, formando grandes “manchas” terá um destaque formidável durante a florada, transformando barrancos e locais íngremes em locais bucólicos e intensamente floridos.

Sinônimos estrangeiros great St. John???s wort, Jerusalem star, Aaron???s beard, goldflower (em inglês); rose of Sharon (na Inglaterra); hipérico, hiperico rastrero, hipericón, hierba de San Juan, rosa de San Juan (em espanhol)
Família Clusiaceae
Características pequeno arbusto prostrado
Porte até 80 cm de altura e quase 2,00 m de diâmetro
Fenologia verão e outono
Cor da flor amarela brilhante
Cor da folhagem verde-escura ou azulada
Origem sudeste da Europa e oeste da Ásia (Turquia, Grécia e Bulgária) Hoje subespontânea em ilhas do Pacífico, Nova Zelândia, Grã Bretanha, Estados Unidos (especialmente na costa do Pacífico) e no Sul do continente americano, particularmente no Chile e Argentina
Clima temperado/ subtropical (resistente ao frio, mas é danificado por geadas, quando perde as folhas, brotando nos primeiros calores)
Luminosidade sol pleno ou sombra parcial (tolera sombra total, porém tem sua floração diminuída) 

palmeira-garrafa

·         Nome Comum:palmeira-garrafa, mascarena
·         Nome Científico:Hyophorbe lagenicaulis
·         Grupo:Palmeiras
Sempre que preciso idealizar um jardim, que será frequentado por crianças, penso em plantas com formas divertidas, diferentes e, até, um pouco bizarras. O conceito estético delas é diferente daquele dos adultos e é estimulado pelas coisas caricaturescas e engraçadas, ou as vezes, quem sabe, um pouco terrificantes. Meninos não prestam atenção nas árvores que tem em comum, meramente, um tronco e uma copa, mas naquelas em que esse tronco tem um formato distinto e estranho ou uma fronde meio louca com folhas enormes como a embaúba ou a coccoloba.
É aí que a palmeira-garrafa torna-se imprescindível, nesses meus projetos. Seu tronco grotescamente inchado lhe confere um aspecto inconfundível, devido à dilatação que apresenta na sua base e é complementado pelas meia dúzia de folhas arqueadas e grandes que possui. O nome Hyophorbe, deriva do grego “hys, hyos” = porco e “phorbe” = alimento; lagenicaulis é a forma latina de “lagoena” = garrafa e “caulis” = tronco. Como se fossem poucas as curiosidades desta palmeira, sua origem é também curiosa. Ela é nativa de uma ilha desabitada, localizada à 22 km da Ilha Mauricio; Round Island, com pouco menos do que dois quilômetros quadrados, sofre com os ventos quentes e úmidos que elevam a temperatura, nas áreas abertas, aos 50º durante o verão, caindo, no máximo aos 22º no inverno. Por este motivo é indicada, apenas, para regiões quentes de restinga ou fundo de vales, com solos arenosos, podendo ser, inclusive, salinos. Como seu desenvolvimento é lento, as adubações orgânicas devem ser fracas e as químicas feitas com fertilizantes de liberação controlada.
Sinônimos estrangeiros: Palma botella, (em espanhol); bottle palm, palmiste gargoulette,(em inglês); palmier bouteille, palmier bonbonne, (em francês); palackpálma, (em húngaro); palma bottiglia, (em italiano); flaschenpalme, (em alemão).
Família: Arecaceae.
Características: Palmeira com tronco bojudo e acinzentado.
Porte: 3 a 5 metros, com 3 metros de diâmetro de coroa foliar.
Fenologia: Primavera / verão, com frutos violáceos.
Cor da flor: Alaranjadas e cheirosos.
Cor da folhagem: Verde escuro, com o nervo central amarelo .
Origem: Ilhas Mascarenhas, particularmente na Ilha Redonda (Round Island), no Sudoeste do Oceano Índico.
Clima: Tropical / subtropical, mas não suporta geadas.

Luminosidade: Pleno sol ou meia-sombra.

chapéu chinês

·         Nome Comum:chapéu chinês, chapéu de mandarim.
·         Nome Científico:Holmskioldia sanguinea.
·         Grupo:Arbustos
Autor: Raul Cânovas
Às vezes é necessário pensar como um fotografo ou, até, como um cineasta que, com a câmera na mão, procura o melhor ângulo para retratar ou filmar uma determinada cena. Com plantas acontece algo parecido, elas possuem pontos de vista mais ou menos favoráveis, por isso, é muito importante posicioná-las de maneira, que mostrem sua face mais interessante.
Em se tratando deste arbusto a posição ideal é aquela situada em locais mais altos, como a crista de um talude ou uma grande jardineira que possamos contemplá-la alçando nosso olhar; os ramos compridissimos e sempre reclinados nos levam a imaginar que o chapéu-chinês está fazendo uma majestosa reverencia, quem sabe com uma pitada de doce malicia, para atrair beija-flores.

Sinônimos estrangeiros: para sol flower, cup and saucer, chinese-hat-plant (em inglês).
Família: Verbenacea.
Características: arbusto assimétrico cresce em qualquer suporte.
Porte: 3 a 5 m.
Fenologia: fim do verão e começo do outono.
Cor da flor: vermelha.
Cor da folhagem: verde escuro a médio.
Origem: Terras baixas do Himalaia.
Clima: subtropical de altitude.
Luminosidade: Sol pleno ou leve sombreamento.